Contos de Aprendiz

Contos de aprendiz - Análise da Obra - UFMG/2011


Quem entende um conto, aumenta os pontos...

Análise da obra Contos de aprendiz, de Carlos Drummond de Andrade 



Adriano Soares






O Eterno mestre aprendiz

Bastante conhecido por sua obra poética, Carlos Drummond de Andrade, esse mineiro de Itabira, foi um pouco esquecido pela crítica em seu lado prosador, em suas crônicas, em seus ensaios e em seus contos.
O interessante é perceber que o prosador e o poeta não se separam.


Épico ou Narrativo

  • Presença de um narrador que pode ser em primeira ou terceira pessoa; objetivo ou onisciente.
  • Presença de personagens que podem ser planos x esféricos; principal x secundário; protagonista x antagonista; ou caricatural.
  • Apresenta espaço geográfico, psicológico, mítico ou sócio cultural;
  • Apresenta tempo cronológico, psicológico, mítico ou histórico
  • Apresenta enredo.

O Conto...

O conto caracteriza-se por ser uma narrativa curta, um texto em prosa que dá o seu recado em reduzido número de páginas ou linhas.
- Concisão
- Brevidade
- Efeito de impacto no leitor.
"conto sempre será tudo aquilo que seu autor batizar com o nome de conto”. 
(Mário de Andrade)



Contos de aprendiz
Carlos Drummond de Andrade


“Não, não é conto. Sou apenas um sujeito que escuta algumas vezes, que outras não escuta, e vai passando.”

(do conto “Flor, telefone, moça”)





O livro Contos de aprendiz, publicado em 1951, é o primeiro livro de contos de Carlos Drummond de Andrade, embora nessa época já tivesse publicado alguns de seus mais importantes livros de poesia. 

A expressão “de aprendiz”, no título da obra, refere-se, pois, à incursão na narrativa curta de ficção, mas é tido como título irônico por muitos críticos que vêem em Drummond um mestre da poesia modernista brasileira. João Gaspar Simões chega a dizer que o livro deveria chamar-se “contos de mestre”.


Características principais

  • O gosto do cotidiano na escolha do tema
  • O coloquialismo de linguagem
  • Humor, ironia e sátira
  • O psicologismo
  • Temas e crítica social
  • Traços surrealistas
  • Evocação da infância
  • A visão drummondiana : aparência triste e cética em sobre uma essência de humor, bondade e uma bem vigiada ternura 

Os contos
  1. A salvação da alma
  2. O sorvete
  3. A doida
  4. Presépio
  5. Câmara e cadeia
  6. Beira-rio
  7. Meu companheiro
  8. Flor, telefone, moça
  9. A baronesa
  10. O gerente
  11. Nossa amiga
  12. Miguel e seu furto
  13. Conversa de velho com criança
  14. Extraordinária conversa com uma senhora de minhas relações
  15. Um escritor nasce e morre

Estratégias para iniciar o conto
  • Começa narrando: “A salvação da alma”, “Doida”, “Presépio”, “Meu Companheiro”, “A Baronesa”, “O Gerente”, “Conversa de velho com criança” e “Extraordinária conversa com uma Senhora de minhas relações”
  • Começa com uma localização no tempo e no espaço: “O Sorvete”
  • Início em forma dramática, com diálogo: “Câmara e cadeia”.
  • Localização geográfica: “Beira-rio”
  • Faz uma consideração ou observação: “Flor, telefone, Moça”, “Miguel e seu furto”.
  • Um traço rápido descritivo da personagem: “Nossa amiga”.
  • Começo biográfico: “Um escritor nasce e morre”

A salvação da alma
  • Localização: Cidade do interior
  • Narrador-personagem (Augusto Novais Jr.)
  • Logo, uma narrativa em primeira pessoa uma história acontecida na infância junto aos quatro irmãos (Tito, Edson, Miguel e Ester)
    • O narrador, o caçula, é  o mais fraco, que “perdia sempre”;
    • Miguel, o mais velho, fora embora estudar no ginásio; 
    • Ester, a “cliente” para quem vendiam caixinhas vazias de sabonete e outros objetos; 
    • Tito, mais velho que Augusto um ano, era quem mais batia no narrador; 
    • Édison, mais próximo da idade de Miguel.
  • O centro está nas brigas de Augusto e Tito.
  • O castigo para salvação da alma de Tito foi a perdição de ambos.

O Sorvete
  • Localização: Capital (1916)
  • Narrador-personagem: um menino de 11 anos
  • Narrativa em primeira pessoa contando um passeio de domingo com seu amigo Joel, de 13 anos. Estudavam em um colégio interno na capital.
  • O doce e o amargo, um aprendizado doloroso na vida: a criação de expectativas e ideais que são muitas vezes frustrados pela realidade.
Delicioso: Adj. De ótimo sabor; extremamente agradável ao paladar
Especialidade da casa: Prato exclusivo do cardápio de um determinado restaurante, criado por seu maître. 
Pág. 33/34

Nos três primeiros contos há evocação da infância com possível rastreamento dos caminhos da infância do autor. Sobre sua infância escreveu Drummond em carta: 

“Minha infância típica do interior mineiro, em contato com a natureza e com muita simplicidade: os modernos meios de comunicação ainda não haviam sido inventados.”

A Doida
  • Localização: cidade do interior
  • Narrador fora da narrativa: narração em 3ª pessoa.
  • Personagem: uma mulher, com mais de sessenta anos, com cabelos brancos e desgrenhados, que morava sozinha em um chalé onde sempre aparecia ameaçando as crianças que a incomodavam por acreditarem tratar-se de uma “doida”.
  • Tema: O desconhecido e os temores que provoca, mas que quando enfrentado, transmuta-se, mostra aos olhos uma outra face capaz de gerar sentimentos diversos dos iniciais. O medo, a agressividade e o deboche diante de um mito criado em torno de uma solitária senhora transformam-se nos sentimentos humanos de solidariedade e de piedade.
Presépio
  • Localização: cidade do interior 
  • Narrador fora da narrativa: narração em 3ª pessoa
  • Personagem: Dasdores
  • Representação em maquete do estábulo
    em que nasceu Jesus e da cena do nascimento
  • Tema: A montagem do presépio e a ideia fixa do namorado (Abelardo) na cabeça da personagem. 
  • O conto trata da dúvida entre o desejo de prazer, de divertimento, e a responsabilidade e o dever.
  • Dasdores, uma moça cheia de obrigações domésticas, porque segundo o irônico narrador, é preciso ocupar as moças para que não pensem em coisas indevidas, é apaixonada por Abelardo. Ela sentia-se dividida entre sua obrigação de montar o presépio da casa, pois só ela recebera instruções de uma tia morta, e a vontade de ir à Missa-do-Galo, onde poderia se encontrar com o namorado, possibilidade remota na época. 

  • Dasdores se parece com o personagem de “Missa do Galo” de Machado de Assis: Enquanto a moça vai compondo, peça por peça, personagem por personagem, o presépio, está com a ideia fixa no namorado Abelardo. No conto machadiano, durante a missa, o rapazinho só via a figura de D. Conceição.
  • [...] Aqui desejaria, porque o mundo é cruel e as histórias também costumam sê-lo, acelerar o ritmo da narrativa, prover Dasdores com os muitos braços de que ela carece para cumprir com sua obrigação, vestir-se violentamente, sair com as amigas – depressa, depressa –, ir correndo ladeira acima, encontrar a igreja vazia, o adro já quase deserto, e nenhum Abelardo. Mas seria preciso atribuir-lhe, não braços e pernas suplementares, e sim outra natureza, diferente da que lhe coube, e é pura placidez. Correi, sôfregos, correi ladeira acima, e chegai sempre ou muito tarde ou muito cedo, mas continuais a correr, a matar-vos sem perspectiva de paz ou conciliação. Não assim os serenos, aqueles que, mesmo sensuais, se policiam. (p. 48).

Câmara e Cadeia
  • Localização: Cidade do interior
  • Narrador fora da narrativa: 3ª pessoa
  • Estrutura dramática: formada pelo diálogo dos vereadores que discutem problemas da cidade e o preso que foge da cadeia.
  • Tema: a partir de um episódio fora do comum e que chega a ser hilário, traz uma denúncia irônica em relação ao governo e a seu descaso com a população e com os presidiários.   Em meio a uma discussão insólita, notamos a falta de seriedade por parte de alguns vereadores. 
  • Os vereadores eram Valdemar (que defendia a taxa do afinador), João Batista (comerciante e, portanto, contrário a todas as taxas), ambos distraídos; Major Ponciano que roncava; o farmacêutico Meireles que escrevia num caderninho provavelmente assuntos particulares; e o presidente da Câmara, Coronel Lindolfo, com dor de cabeça.
Câmara e Cadeia

– Como fazer leis e cobrar impostos pisando sobre presos? – perguntava a si mesmo. – A cadeia é a parte condenada da Câmara. Ao entrar, a gente não olha para a enxovia. Tem constrangimento, ou talvez medo, de perceber o que se passa lá dentro, naquela imundície. É certo que tudo corre por conta do Governo do Estado, que não pensa em construir uma cadeia decente. Mas podemos concordar com essa vergonha?(p. 54).

– Ah, moço, se o senhor vivesse naquele chiqueiro... Não é só porcaria. É uma porção de coisas. Por mais que a gente trabalhe, o tempo não passa. Então de noite, no escuro, nem se avalia. Só isso de não ficar um minuto sozinho. Já pensou em viver dez, vinte anos numa sala, sempre com as mesmas pessoas? Desculpe a confiança, mas mesmo sendo com sua família o senhor suportava? Se ao menos dessem uma cela para cada um de nós, como fazem com as doidas e as mulheres da vida. Não. É tudo embolado. Roupa, suor, pé, barriga. Então parece que até as faltas se misturam, e eu já nem sei mais os erros que carrego nas minhas costas... Além do meu, é claro. (p. 57/58).

Beira-Rio
  • Localização: cidade chamada Capitão Borges, “improvisada” por uma “Companhia” que detinha uma usina no local.
  • Narrador observador: narrado em 3ª pessoa
  • Tema: Dimensões sociais – o mais forte, o mais poderoso destrói facilmente o pequeno. Simplício X Companhia
  • O conto mostra as “dores do crescimento” do país, antecipando a Era JK que traria um “novo tempo”; o desenvolvimento criado a partir, muitas vezes, da exploração, condições típicas do capitalismo crescente no Brasil da época.
  • A denúncia da exploração dos trabalhadores é frequente no conto: tinham uma jornada de oito horas de trabalho legais, mais duas sem pagamento; viviam num local sem esgoto e sem escola.
  • O hotel é da Companhia; o cinema é da Companhia; o armazém é da Companhia. O posto policial foi instalado a expensas da Companhia, e a capela e o cemitério constituem doações amáveis da Companhia. Mas o único negócio da Companhia é realmente a usina, e se a administração consente em explorar ramos subsidiários, isto se deve a seu espírito benevolente, a seu desejo de servir. – Essas miudezas só dão amolação – explica o subdiretor, que é brasileiro, mas adquiriu sotaque norte-americano. (p.62)
  • O conto coloca lado a lado, um pobre negro que estabelece o seu botequim perto de uma companhia estrangeira. Tinha tudo legalizado, mas a poderosa companhia o expulsa de lá atirando suas mercadorias no rio. E lá se foi o vencido, vosso criado. Poderia se esperar uma reação violenta do negro. O que não aconteceu.

Meu companheiro
  • Localização: cidade do interior
  • Narrador-personagem: 1ª pessoa (Motinha)
  • O companheiro é o cachorrinho Pirolito (espécie de consciência do narrador) 
  • Tema: conto policial – o desaparecimento de Pirolito – desconfiança da esposa (Margarida) 
  • Remete aos desaparecidos durante a ditadura Vargas: “Não. Muitas pessoas também somem de repente, sem a menor explicação, e nunca se sabe.” (p. 76). 

O conto apresenta também a tendência ao socialismo que encontramos em outros livros de Drummond: 


É com vergonha que uso esta palavra comprar, ao referir-me a um amigo, mas em nossa absurda sociedade capitalista os valores mais puros são objeto de mercancia; o afeto de um animal é adquirido como antes a força de trabalho de um negro, ou como ainda hoje... paremos com o socialismo. (p. 69).

E ainda:

Logo se colocou a questão da propriedade – sempre a propriedade! – e foi preciso dá-lo a Juquinha, o caçula, que por sua vez era uma espécie de propriedade dos irmãos mais velhos [...] (p. 70).


Flor, Telefone, Moça
  • Localização: cidade do Rio de Janeiro
  • O narrador escuta uma história que uma amiga conta, assim, essa amiga passa a ser a narradora: 3ª pessoa
  • A metalinguagem : Não, não é conto. Sou apenas um sujeito que escuta algumas vezes, que outras não escuta, e vai passando. Naquele dia escutei, certamente porque era a amiga quem falava, e é doce ouvir os amigos, ainda quando não falem, porque amigo tem o dom de se fazer compreender até sem sinais. Até sem olhos. (p. 77).
  • Tema: mistério, surrealismo
  • O roubo da flor, os telefonemas, a voz e a morte. E a “a voz nunca mais pediu.” (p.84).

A Baronesa
  • Localização: Cidade do Rio de Janeiro
  • Narrador observador: 3ª pessoa
  • Personagens: Renato (sobrinho-neto), o Senador e Luís (hóspede da casa)
  • Tema: revela, a partir da morte da Baronesa, a decadência das relações e dos valores familiares, através de uma linguagem repleta de gírias e expressões coloquiais que demonstram a mudança dos tempos. 
  • O fim é irônico: “Assim acabou o Segundo Reinado.” (p.91). 
  • Ana Clementina de Soromenho Pinheiro lobo e Figueiredo Moutinho é a Baronesa, que morre/desaparece sem maiores repercussões. E com ela acabou o segundo reinado. Retrato do passado com coisas, peças e seu cheiro... E os “herdeiros” que apanham algum resto da herança da Baronesa.
O Gerente
  • Localização: Rio de Janeiro e São Paulo
  • Narrador observador: 3ª pessoa
  • Personagem Samuel (sergipano) gerente de um banco no Rio de Janeiro. 
  • É o maior conto. Já foi publicado como novela.
  • Epígrafe: “Perguntou-lhe Pilatos: Que é a verdade?” ( São João, XVIII, 38)
  • O conto não fecha: fica a dúvida


Perguntou-lhe Pilatos:
Que é a verdade?

São João, XVIII, 38

  • O conto narra acontecimentos insólitos que envolveram Samuel, que era um homem bem vestido, simpático, de suavidade nos gestos, cortês, galante (vivia conquistando as mulheres, como certa vez escreveu em seu diário), embora nunca tivesse se casado. Não era muito ambicioso, nem religioso, não discutia política e possuía o “dom da conversa de sociedade” (p.96).
  • A escalada do “O vampiro dos salões” - antropofagia
  • O conta narra quatro “ataques”.
  • O conto apresenta o tema dos segredos guardados nos homens normais, os quais, muitas vezes, não se pode sequer suspeitar

Nossa amiga
  • Localização: não fica clara
  • Narrador observador: 3ª pessoa
  • O conto é uma narrativa simples sobre um episódio banal do cotidiano, a respeito de uma garotinha de três anos, Luci Machado de Assis e sua imaginação. 
  • O conto termina com uma alusão às personagens bíblicas: “Assim pudesse a mãe antiga tornar invisível seu filho, ante os soldados de Herodes.” (p. 124).

Miguel e seu furto
  • Localização: Rio de Janeiro
  • Narrador observador: 3ª pessoa
  • Personagem Miguel
Por outras palavras, tudo dizia que Miguel nascera fadado a grandes experimentos. Seu porte era varonil, seu rosto radioso, e toda a sua pessoa destilava confiança em si mesmo, e tranqüila identificação com o mundo.
À força de aptidões, Miguel não desenvolveu nenhuma, e a família verificou, certo dia, que ele nem aprendera ofício nem se incorporara profissão liberal nem descobrira qualquer técnica de granjear sustento. (P.125).
  • Tema: o surrealista furto do mar pela personagem.
  • Miguel furtou o mar e ficou dono dele até que alguém resolver desobedecer às suas ordens de dono, mostrar a realidade e entregar o mar a todo mundo.

Conversa de velho com criança
  • Localização: cidade grande – dentro do bonde.
  • Narrador-personagem: 1ª pessoa (Carlos)
  • Tema a conversa de um velho(chamado de Ferreira) com uma criança (Maria de Lourdes Guimarães Almeida Xavier) que também estão dentro do bonde.
  • União das duas pontas da vida: a infância e a velhice
  • A curiosidade do narrador é na relação da menina com o velho: avô e neta? Conhecidos? Amigos? “já que pessoas da mesma idade dificilmente se entendem.” (p.137).
  • No final um segredo dito ao ouvido. A parada do bonde. E a partida da criança e do velho.

Extraordinária conversa com uma senhora de minhas relações
  • Localização: muito provavelmente uma cidade grande, pois se passa dentro de um ônibus
  • Narrador-personagem: uso da 1ª pessoa
  • Evocações literária e sugestões sensoriais provocadas pelas situações dentro do ônibus e pelo decote no vestido da conhecida.

  • O narrador está em pé em um ônibus, procurando equilibrar-se, quando vê uma senhora que não reconhece, mas que lhe sorri. Ele retribui o sorriso e pensa: “O sorriso hoje é dádiva tão excepcional que só o concebemos dirigido a pessoas muito de nossa estima.” (p. 139).
  • O decote do vestido da conhecida é que começa deflagar no narrador sutis sensualidades. Agora perguntarão vocês: por que extraordinária conversa?
  • O conto mostra que  um acontecimento simples esconde algo grandioso. Trata-se do encontro com a “beleza” revestida de vulgaridade:
Sim, porque a beleza tem suas horas, exige preparação, impõe um rito, e nada havia ali no cotidiano daquele ônibus que me prevenisse da irrupção da beleza, e ainda mais, da beleza recôndita, porque era desta modalidade que se tratava, e essa é a que, via de regra, mais pasmo nos provoca. (p. 141).


Um escritor nasce e morre
  • Localização: cidade do interior/cidade grande
  • Narrador-personagem: 1ª pessoa  
  • Traços autobiográficos
  • Juquita (apelido de infância)
  • Turmalinas = Itabira
  • O desajuste do escritor: é um gauche na vida.
  • Metalinguístico: o caráter solitário, de prazer individualista, da escrita

Nunca meus poemas foram mais belos, meus contos e crônicas mais fascinantes do que nesse tempo de crescente solidão. Solidão, solidão... Era só o que havia em torno a mim, dentro em mim. Era como se eu morasse numa cidade que, pouco a pouco, fosse ficando deserta. (p. 153). 


“Quando nasci, um anjo torto
Desses que vivem na sombra
Disse: Vai, Carlos! Ser gauche na vida...”



O que fazer? “Então morri. Dou minha palavra de honra que morri, estou morto, bem morto.”

Fonte: http://naveliteratura.blogspot.com.br/2010/12/contos-de-aprendiz-analise-da-obra.html

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